Com 27 enxadristas e 14 mesas, as pessoas com deficiência visual se juntam para digladiar as peças no tabuleiro de xadrez.
Com criatividade, organização e muita união, a comissão organizadora, composta também por pessoas cegas e ou com baixa visão, estruturou todo o torneio, cujo intuito é:
Preparar os(as) enxadristas (as) para os eventos presenciais, aplicando todos os regramentos necessários ao bom jogo.
Aprimorar os(as) jogadores de Santa Catarina no que tange ao xadrez.
Desenvolver o raciocínio no tabuleiro e o respeito ao adversário.
Trabalhar comportamentos como por exemplo, cordialidade, controle da ansiedade e das frustrações.
Despertar o gosto por outras funções pertinentes ao jogo de xadrez.
Auxiliar no domínio das tecnologias utilizadas para os jogos.
As partidas já estão sendo marcadas e o time de arbitragem e auxiliares já estão a postos para, por meio da audição, garantir que tudo transcorra de acordo com o Regulamento.
Tudo é feito na modalidade virtual, ou seja, as partidas são realizadas com os enxadristas em suas casas.
São usadas as seguintes plataformas: Skype, Messenger e Lichess.
Usando software leitor de telas, as pessoas que não podem ver o que aparece na tela, recebem todas as informações por voz, como se fosse uma pessoa lendo o que está escrito no computador e no celular.
São feitas ligações de áudio via internet e, cada enxadrista, com seu tabuleiro nas mãos, movimenta a peça e em voz alta, fala para o seu oponente o lance, para que ele também o reproduza em seu tabuleiro.
Quando pelo Lichess, a ligação é substituída por um programa on-line, que, por meio de comandos, fala toda a movimentação. Destas formas, os jogos são possíveis sem o uso da visão.
Mas você deve se estar perguntando, mas como eles jogam, se não veem?
A resposta é simples, O tabuleiro é adaptado. Embaixo de cada peça, possui um pino que se encaixa no tabuleiro. Desta forma, o enxadrista pode tatear todo o tabuleiro sem correr o risco de deixar cair as peças.
Então, foi dada a largada e, que vença o melhor!